Assistimos no fim de semana #4

Amanda

Frances Ha

Frances vive em Nova York, mas não tem um apartamento pra morar. Frances é aprendiz de uma companhia de dança, mas ela não é realmente um dançarina. Frances tem uma melhor amiga chamada Sophie, mas elas não estão se falando mais. Frances se joga de cabeça em seus sonhos, embora eles pareçam cada vez mais distantes. Frances quer muito mais do que ela tem, mas vive a sua vida com alegria inexplicável e leveza. Escrito e protagonizado por Greta Gerwig, ao lado do escritor e diretor Noah Baumbach (A Lula e a Baleia, 2005), Frances Ha oferece um retrato preciso sobre aquela fase da vida em que não sabemos exatamente que rumo tomar ou o que fazer – uma fase que, em alguns casos, teima em durar para sempre.

“Frances Ha” é filho bastardo da primeira nouvelle vague (do Godard que disse que tudo de que se precisa para fazer um filme é uma arma e uma garota) com o mumblecore (o subgênero de baixo custo, diálogos naturalistas e personagens balbuciantes) – Ricardo Calil, crítico da Folha de S. Paulo

Em alguns momentos o filme me lembrou Flashdance – a história da jovem moça que luta pra realizar os seus sonhos e dança para transpor as dificuldades ou dança porque não sabe viver sem dançar. Em preto e branco e com uma trilha sonora bem alternativa para os padrões americanos, o filme é contagiante e com leveza e bom humor dá uma pitada de ânimo aos que, assim como Frances, também estão descobrindo o seu caminho.

Denise

A Menina no País das Maravilhas

Título Original: Phoebe in Wonderland

Interpretada pela doce Elle Fanning, Phoebe é dona de uma personalidade única e por isso rejeitada pelos seus colegas de classe. A menina faz de tudo para conseguir o papel principal na montagem escolar da peça Alice no País das Maravilhas. Ela se envolve tanto nesse universo que confunde suas fantasias com a realidade.

Phoebe diz e faz coisas inadequadas, e também tem comportamentos característicos de TOC (quando em situações de stress), como por exemplo, lavar as mãos um certo número de vezes ou dançar sem errar uma coreografia inventada por ela mesma, essas ‘manias’ são como desafios que precisa cumprir para alcançar algum objetivo.

O filme discute assuntos pesados no cenário escolar, bullying, sexualidade e transtornos psicológicos. O problema real de Phoebe é revelado só no finalzinho, e de repente tudo faz sentido.

M. Deméter

Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge

Título original: The Dark Knight Rises

Antes de qualquer coisa preciso dizer que se você, assim como eu, tem uma memória não tão boa, assista os três filmes pelo menos no mesmo ano, caso contrário não se lembrará de várias coisas que são lembradas/comentadas nesse último filme da trilogia.

Dito isso, o longa começa oito anos após a morte de Harvey Dent e Gotham vive em paz sem a necessidade de nenhum herói mascarado, assim sendo, Bruce Wayne (*-*) se tornou um homem recluso e amargurado, apenas esperando pela morte. E aí, durante uma festa bem no comecinho do filme, aparece a “Mulher Gato” (estrelada pela maravilhosa Anne Hathaway) e invade a mansão para roubar um colar de pérolas e as impressões digitais do Bruce. A partir disso, o milionário fica curioso para saber mais sobre ela e o motivo de precisar de suas impressões digitais. Era o incentivo que ele precisava para sair de sua mansão e voltar a vestir a máscara.

O filme é bom, mas uma cena em particular me deixou muito intrigada: um momento em que os policiais e os guardas malvados (sei lá como exatamente chamá-los, os apoiadores do vilão) se enfrentam e ambos os lados estão armados. Armados! Só que em vez de atirar eles correm um pro outro e saem no tapa. Se eu gostei do filme? Voltamos aquela velha história de que quando se cria grandes expectativas as coisas acabam te decepcionando, ou seja, gostei, mas esperava mais e acho que não é o melhor da trilogia.