Eu me apaixono pelo Zafón a cada novo livro. O primeiro que li foi A Sombra do Vento, e logo em seguida O Jogo do Anjo, eles se passam em Barcelona e tem enredos que incluem a tradicional livraria do senhor Sempere. Um tempo depois li Marina, que é uma publicação anterior do autor e não tem relação com essa série, mesmo assim igualmente encantador. O Priosioneiro do Céu é a continuação direta de A Sombra do Vento, não há necessidade de ler na ordem para entender, mas eu recomendo!
Ainda em Barcelona, e como plano de fundo a livraria Sempere e Filhos, mais um mistério se desenrola. Dessa vez o querido Fermín é o centro, um personagem de humor e astúcia incríveis e cheio de nuances.
Os fantasmas do passado de Fermín se revelam quando está prestes a se casar com sua amada Bernarda. Lembranças de uma temporada que passou na prisão mais assombrosa da Espanha, localizada em um castelo onde os prisioneiros tem a esperança de só saírem mortos.
Fermín revela segredos a seu amigo Daniel Sempere que jurou guardar pra si eternamente e assim coloca mais peças no quebra-cabeça dessa família que mistura seus dramas pessoais à literatura há décadas.
Eu já disse que sou desmemoriada né? Sou mesmo, eu preciso continuar afirmando isso pra que vocês compreendam certas falhas. Amo ler, e pra mim é um experiência momentânea, o que eu sinto na hora, se você me perguntar do que se trata um livro eu vou te dar um resumo coerente e o que senti lendo, mas não pergunte de detalhes de cenas, por que se não forem extremamente marcantes, eles vão embora logo.
Então, nos livros do Zafón, eu acho uma delícia ler novamente o nome de alguns personagens e ir lembrando devagarinho quem são e suas histórias, a cada um é uma redescoberta.
O Prisioneiro do Céu é o terceiro volume da série do Cemitério dos Livros Esquecidos, acredito que pelo menos mais um seja lançado, pois algumas pontas ficaram soltas.
E não me esquecendo do Cemitério, meu coração disparou quando se fez menção dele na trama, Daniel apenas insinuou a sua existência e eu já tinha lágrimas nos olhos. Ainda creio que estes lugares existem, quem dera um dia ter o prazer de ser apresentada a tal sociedade secreta.
Zafón escreve para os apaixonados, por livros e pela arte de escrever.