“Em um futuro pós apocalíptico, onde todos os livros foram destruídos pelo cruel ditador…”
Ok, não tão trágico assim, na verdade não chega nem perto. Este pequenino livro de apenas 88 páginas da Editora Octavo, estava jogado na banca dos rejeitados na Fnac, e como sempre encontro uma preciosidades por lá, o trouxe para casa.
Publicado por aqui em 2010, mas o original é um pouco mais antigo, de 1894. Uzanne descreve em um texto bem-humorado as previsões sobre o futuro da humanidade feitas por um grupo de pensadores da época, sob o efeito de um pouco de álcool e sabe-se lá mais o quê os clubes privativos ofereciam há mais de 100 anos.
Sonhos que nos tornaríamos seres apreciadores de arte, que a natureza fosse totalmente restaurada, e que a fome seria extinguida do planeta, foram algumas das idéias apresentadas naquela noite. E claro, o bibliógrafo presente foi indagado sobre o futuro dos livros.
Nós leitores sabemos bem as acrobacias que fazemos em busca de uma posição confortável para acomodar nossos livros, e as péssimas condições de iluminação que nos sujeitamos para continuar lendo. Dores nas costas e problemas de visão foram alguns dos motivos de o personagem profetizar o fim dos livros.
Mas a alternativa que ele encontrou eu não posso contar, é um livrinho tão rápido, que se eu me estender mais, todas as surpresas acabam.
Muito bom estar de volta.
Bom fim de semana!