O Circo da Noite, Erin Morgenstern
Encha um copo de água e adicione uma colher de açúcar: gostosinho e fácil de tomar, assim é o enredo criado por Erin Morgenstern em O Circo da Noite – ou isso ou eu criei expectativas muito grandes.
Celia tinha cinco anos de idade quando foi enviada ao pai Hector Bowen junto com um bilhete de suicído de sua mãe. Hector viajava o mundo todo se apresentando como Próspero, o Mágico, mas não era magia o que ele praticava. Ele tinha poderes sobrenaturais e fazia de tudo para que seu público pensasse que não passava de ilusionismo. Em pouco tempo, Hector percebeu que a filha tinha os mesmos poderes, o que o levou a propor um desafio a um antigo rival, Alexander H., um homem misterioso que sempre surgia trajando um terno cinza. Alexandre encontra e adota Marco como seu pupilo e o prepara para o embate.
O tabuleiro escolhido para este desafio é um circo – Le Cirque des Rêves, O Circo dos Sonhos ou, no caso da tradução brasileira, O Circo da Noite. Um lugar encantadoramente mágico, onde cada movimento dos jogadores se revela em uma nova tenda que oferece experiências sensoriais aos visitantes. Jardim de Gelo, Poço de Lágrimas, A Árvore dos Desejos, O Carrossel… uma atração surge em resposta a outra e juntas vão construindo algo diferente de tudo que você possa imaginar.
São anos até que os dois competidores se conheçam e inevitavelmente se apaixonem – sem surpresas até aqui, mais uma história de amor impossível. Como não deixar que o desafio interfira nessa paixão? Quem determina o vencedor? Como o jogo acabará? São perguntas que nos fazem esperar por um pouco de ação, mas que nos levam a um desenrolar morno e previsível.
Mas eu tenho que reconhecer que Erin Morgenstern tem uma imaginação adorável. Embora a história não ofereça grandes emoções, os cenários e personagens são absolutamente cativantes. Cada página te leva pela mão para um passeio entre as tendas monocromáticas do circo, onde você sentirá o aroma caramelado e escutará o crepitar da grande fogueira, enquanto se fascina com todas as atrações.
Em 2011 a Summit Entertainment, produtora da saga Crepúsculo, comprou os direitos de adaptar a obra, hoje publicada em 30 países, mas não há notícias de que isso se tornará realidade. Uma pena, pois algumas adaptações no roteiro fariam dele um bom filme, sem contar que a riqueza de detalhes de Erin são um prato cheio para a telona.
Enquanto isso não acontece, podemos aproveitar a playlist criada pela autora e inspirada no livro:
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