Diálogos Impossíveis, Luis Fernando Veríssimo
Este livro reúne as crônicas publicadas pelo autor nos jornais Zero Hora e O Estado de São Paulo entre 2009 e 2011. A maioria delas tem como base diálogos impossíveis (jura?) e engraçadíssimos entre personagens peculiares.
Lá pela metade do livro estava desanimando, pensando que apesar de bom, As Mentiras que os Homens Contam me divertiram muito mais. Tenho que relevar, o que torna uma crônica engraçada é do que ela fala, se se trata de um assunto que foge totalmente do meu conhecimento ou interesse é óbvio que não vai ter graça nenhuma, talvez por isso eu não tenha me empolgado tanto assim com muitas delas.
Já a segunda metade me conquistou, e eu lamentei que acabou.
Separei as minhas favoritas, caso vocês queiram procurar avulsas na internet.
Entrevista – um escritor envia um e-mail ao jornalista que não anotou as respostas às suas perguntas e por esse motivo publicou um entrevista totalmente diferente da que devia, causando inúmeros inconvenientes ao entrevistado.
Antigas namoradas – marido se lembra do nome da primeira namorada e começa a listar para a esposas os antigos amores e vários detalhes íntimos e desnecessários.
Picasso e Goya sob o sol – Picasso sonha que está no Museu do Prado, em Madri e lá encontra Goya, admirando o quadro As Meninas, de Velazquéz os dois discutem suas próprias obras e as interpretações dos admiradores.
A sopa – esposa questiona o estranho jeito de tomar sopa do marido e a discussão acaba tomando proporções catastróficas para o relacionamento deles.
Estátuas – as estátuas de Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa e Mário Quintana, em uma situação impossível se encontram. Os três discutem suas posições, reclamam dos passarinhos, da inutilidade e dos turistas que os confundem com tantos outros.
Albert e Mileva – descreve um telefone entre Albert Einstein e sua esposa, tratando sobre o divórcio dos dois e uma possível saia justa.
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