A Tal da Inclusão Social: Deficientes Auditivos
Imagine todas as pessoas compartilhando todo o mundo” – Imagine
Atualmente fala-se muito em Inclusão Social, mas até que ponto ela realmente acontece?
Venho ‘jogar na roda’ o assunto inclusão de surdos e mudos. Gente, pensem comigo, na escola todo mundo estuda junto, com o objetivo de incluir os nossos queridos deficientes na sociedade. Como podemos fazer isso quando a Língua Brasileira de Sinais (Libras) é pouco difundida em nossa comunidade?
Segundo a lei nº 10.436 de 2002 e o Decreto nº 5. 626 de 2005 – que regulamentam LIBRAS como Língua Brasileira de Sinais, todos os cursos de Licenciatura e Fonoaudiologia devem ter a disciplina de Libras como obrigatória e todos os demais cursos superiores ou de educação profissional devem ter a disciplina como optativa, coisa que não acontece!
Eu conheço muitaaaas professoras (de escolas regulares) que não sabem linguagem de sinais e tem deficientes auditivos em suas salas. Se as professoras não sabem, muito menos os colegas de classe, e aí minha gente como faz?
Outro ponto a ser questionado é o seguinte, nós aprendemos Inglês, às vezes até Espanhol, como matéria obrigatória na escola, e como que a gente não aprende Libras? Como que a gente inclui essas pessoas sem saber falar com elas? Minha opinião é que os cursos de linguagens de sinais deveriam ser no mínimo opcionais (mas que as escolas realmente tenham essa opção) e não só o ensino superior e profissionalizante, mas também o fundamental e médio.
Além da necessidade desse aprendizado para uma sociedade mais igualitária e justa, não podemos esquecer da lindeza que é essa língua. Eu sempre quis fazer um curso desses, a FATEC em Indaiatuba-SP ministra esse curso presencial, mas só abre vaga de vez em quando, e nunca bate nos meus horários. :(
Pra aprender um pouquinho mais sobre Libras não há restrição de idade. Na internet tem várias opções legais de cursos online – alguns (mais básicos) gratuitos e alguns pagos -, mas o que eu gostei mesmo foi desse ‘dicionário‘.
Não podemos esquecer que há também os deficientes auditivos que fazem leitura labial, e não utilizam a linguagem de sinais. Porém também acredito que não temos nenhum preparo para nos comunicar com eles. Existem algumas dicas para nos comunicarmos de forma eficiente e eles entenderem. Pra quem quiser saber mais o Blog Desculpe não ouvi é ótimo.
A autora Lak Lobato também publicou um livro, de mesmo nome do blog, contando sua experiência de 23 anos no silêncio e os seus deslumbramentos sonoros, após uma cirurgia! É singelo e muito bonito!!
Outra dica para saber um pouco mais sobre a vida dos deficientes auditivos é a série americana Switched at Birth, que conta a história de duas meninas trocadas na maternidade.
Bay Kennish cresceu em uma família rica, com seus pais e um irmão, apesar de sempre ter tido tudo do bom e do melhor, Bay se sente um peixe fora d’água nesse mundo.
Daphne Vasquez foi criada em um bairro humilde e latino, pela mãe solteira e pela avó. A garota contraiu meningite na infância, e ficou surda como sequela da doença.
A troca é descoberta quando as meninas têm 16 anos, as famílias se encontram e precisam aprender a conviver juntas. Além das dificuldades esperadas quando se descobre pertencer a outra família, seus membros ainda tem que ultrapassar as barreiras e limites da surdez de Daphne.
Daphne é interpretada por Katie Leclerc, a atriz tem 27 anos e aos 20 foi diagnosticada com Síndrome de Meniere, um distúrbio degenerativo interno no ouvido cujos sintomas incluem perda auditiva e tontura.
A série é sobre duas adolescentes que estão descobrindo novas possibilidades, mas é muito mais sobre inclusão e respeito aos deficientes. Acompanhamos Daphne na nova escola, que apesar de muito bem conceituada, não é preparada para recebê-la, em seus estágios, nos relacionamentos amorosos e na escolha de uma profissão.
Infelizmente não dá pra aprender a linguagem de sinais pela série, afinal ela é como qualquer outro idioma, diferente em cada lugar, mas é uma ótima opção de diversão e educação!
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