Há algum tempo a empresa em que trabalho foi comprada por uma multinacional americana e a partir daí passamos a receber a visita de executivos que vinham para o Brasil alinhar processos e etc. Em uma dessas ocasiões, estava conversando com uma moça sobre a estadia dela em São Paulo e ela disse que ficou impressionada com a influência que a cultura americana tinha em nosso país, no mercado cinematográfico, mas principalmente no mercado fonográfico.
Não podemos negar que a indústria do entretenimento é especialidade dos americanos, mas é sempre importante lembrar que o Brasil possui verdadeiros talentos musicais. De Marisa Monte, que há pouco voltou de sua turnê mundial Verdade, uma ilusão, até Clarice Falcão, que lançou seu primeiro álbum esse ano e vem conquistando o público com suas composições autorais – nosso país está repleto de talentos reconhecidos e aqueles que ainda precisam ser descobertos.
Essa playlist é pra você ouvir enquanto toma banho, limpa a casa, trabalha ou deita na rede, esperando o sábado chegar. Com destaque para as mulheres – lindas, inteligentes e talentosas – quem sabe mais pra frente a gente não faz uma com os queridos da música brasileira (:
Vanessa da Mata – Não me deixe só
Gatona, Vanessa da Mata conquistou o Brasil e meu coração com esse cabelo afro e voz melodiosa. Em 2002 a cantora lança seu primeiro álbum de estúdio, Vanessa da Mata. Os destaques ficam por conta de Nossa Canção, Onde Ir, Esperança e Não me Deixe só – que eu te desafio a ouvir e não dar uma dançadinha na cadeira.
Adriana Calcanhoto – Medo de amar
“Tomar e retomar o violão é uma constante na minha trajetória, aliás, desde que me apaixonei pelo instrumento, criança ainda.” As músicas de Adriana Calcanhoto ou Adriana Partimpim (devido ao álbum infantil lançado em 2004, que ganhou um Grammy latino de melhor álbum infantil) abordam estilos variados: samba, bossa nova, pop e baladas. Medo de Amar é uma das minhas preferidas e quem nunca passou pela situação como essa? – Você não tem medo de mim / Você tem medo é do amor / Que você guarda para mim
Marisa Monte – Bem que se quis & Flores
É impossível descrever Marisa em um parágrafo, pois ela é minha cantora brasileira favorita – o que justifica ter duas músicas na playlist. Em 1989,emplacou espetacular sucesso nacional com Bem Que Se Quis, versão brasileira de uma canção do italiano Pino Daniele, e foi saudada como grande revelação do ano. Vendeu mais de 500 mil discos e se consagrou como nova estrela da música brasileira. Em 1997, Marisa participou do Acústica MTV com os Titãs e dividiu o palco com Branco Mello para cantar Flores. Com sua voz lírica, ela quase nos faz esquecer quão mórbida a música é.
Tita Lima | Um girassol da cor do seu cabelo
Tita Lima é cantora, compositora e produtora, talentos desenvolvidos ainda na infância, quando aprendeu a tocar contrabaixo e violão. Confesso que eu não conheço muito o trabalho da moça e a internet não oferece muitas informações, provavelmente porque ela passou boa parte da carreira nos Estados Unidos, onde formou sua primeira banda aos 14 anos e onde foi lançado seu primeiro álbum 11:11 pelo selo Belú Music, em 2007. Tita emprestou a voz para Um girassol da cor do seu cabelo, música de Lô Borges e Márcio Borges.
Tita Lima é cantora, compositora e produtora, talentos desenvolvidos ainda na infância, quando aprendeu a tocar contrabaixo e violão. Confesso que eu não conheço muito o trabalho da moça e a internet não oferece muitas informações, provavelmente porque ela passou boa parte da carreira nos Estados Unidos, onde formou sua primeira banda aos 14 anos e onde foi lançado seu primeiro álbum 11:11 pelo selo Belú Music, em 2007. Tita emprestou a voz para Um girassol da cor do seu cabelo, música de Lô Borges e Márcio Borges.
Cássia Eller – Luz dos olhos & No Recreio
Notável pela voz grave e pelo ecletismo musical, Cássia Eller interpretou canções de grandes compositores do rock brasileiro, como Cazuza e Renato Russo, além de artistas da MPB como Caetano Veloso e Chico Buarque, passando pelo pop de Nando Reis e o incomum de Arrigo Barnabé e Wally Salomão, até sambas de Riachão e rocks clássicos de Janis Joplin, Jimi Hendrix, Rita Lee, Beatles, John Lennon e Nirvana. Faleceu em 29 de dezembro de 2001, com apenas 39 anos, no auge de sua carreira, por causa de um ataque cardíaco. Não conseguia decidir qual música colocar na playlist, então deixei duas mesmo.
Mallu Magalhães – Velha e Louca
Mallu Magalhães é apontada como revelação da música brasileira, sendo aclamada por publicações como Rolling Stone Brasil, Revista Trip e Bravo! pela sua precocidade, espontaneidade e talento para compor e cantar tanto em inglês como em português. Suas maiores influências são The Beatles, Belle and Sebastian, Bob Dylan, Johnny Cash, e incluem o rock clássico, o folk americano, a MPB, o samba Tropicalista entre outros estilos musicais semelhantes.
Nila Branco – Diversão
Ok, eu confesso: essa é a única música que eu conheço da Nila Branco, mas a moça tem um vozeirão e é uma delícia ouvir. Começou sua carreira em Goiânia onde se apresentava em bares e clubes mudando-se posteriormente para São Paulo. Gravou seu primeiro disco independente em 1998, o Nila Branco. Dois anos depois, pela Abril Music, lançou o CD Parte II. Com a música “Diversão”, que fez parte da trilha sonora novela “Desejos de Mulher”, da TV Globo, ficou conhecida no cenário nacional. Em 2012, Nila Branco lançou o seu sétimo trabalho, intitulado “Sete Mil Vezes”, produzido e arranjado por ela e Renato Faleiro.
Clarice Falcão – De todos os loucos no mundo
Sua carreira musical ganhou notoriedade a partir dos vídeos de suas músicas colocados no YouTube. Com mais de 10 milhões de acessos, os vídeos são em maior parte de suas músicas como “A Gente Voltou”, “Macaé” e “Qualquer Negócio”.8 Em maio de 2013, Clarice lançou seu primeiro álbum musical, Monomania. Apenas com composições autorais, o álbum foi lançado apenas na internet, disponível para compra no iTunes.
Kid Abelha – Nos barracos da cidade
Paula Toller Amora é uma cantora e compositora brasileira, conhecida como vocalista da banda Kid Abelha. O primeiro compacto da banda, Pintura íntima, foi lançado em 1983. No começo, a crítica chegou a pensar que o Kid Abelha não passava de uma dessas bandas que não teriam mais do que três sucessos nas rádios. Vinte e sete anos depois, eles ainda lotam shows e vendem discos numa carreira marcada por muito mais pontos altos do que baixos.