Título Original: The Invention of Lying
Imagine um mundo onde ninguém mente, as pessoas não fazem isso por que são boas, e sim por que ninguém nunca mentiu antes e elas não sabem o significado disso. Ninguém arruma desculpas pra faltar ao trabalho e ninguém elogia sua roupa por educação, se você perguntar vai receber a resposta mais honesta e dolorosa possível. As pessoas não têm grandes sonhos, todas as decisões são baseadas em fatos, e ninguém tem malícia, pois a ideia de que alguém esteja de enganando é inconcebível, toda palavra que sai pela boca é real.
E foi nesse mundo que Ricky Gervais contou a primeira mentira.
Mark (Gervais) é um fracassado roteirista de cinema (não o cinema como conhecemos hoje, como a mentira não existe a ficção também não, os filmes são basicamente uma narração monótona de fatos históricos), apaixonado por Anna (Jennifer Garner) que até retribui seu carinho, mas impede o romance por não querer filhos com a herança genética dele, gorduchos com nariz de batata.
Ele deve 800 dólares de aluguel e só tem 300 no banco, ao tentar sacar tudo é informado pela caixa que o sistema caiu. Quando ela pergunta quanto tem na conta, como que por uma iluminação Mark diz que tem 800 dólares e a caixa acredita. E assim a vida do roteirista muda completamente, ele não sabe muito bem como fez aquilo e por quê mais ninguém faz, mas continua experimentando.
Usando seu novo “poder” para enriquecer e tentar conquistar o amor da sua vida, Mark acaba sem querer inventando a religião e mudando os rumos desse mundo paralelo.
Um filme divertido, cheio de críticas e acidez, ideal para quem gosta do controverso humor britânico.