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Mogli, O Menino Lobo

Quando criança eu assistia todos os desenhos da Disney e confesso que Mogli não estava no top 10. Também não vi os trailers e teaser que estavam saindo há algum tempo sobre o filme The Jungle Book (O Livro da Selva), dirigido por Jon Favreau e lançado no Brasil com o título Mogli, o Menino Lobo. Mas foi com expectativas superadas e um grande encantamento que deixei a sala de cinema após os 106 minutos de história.

O longa-metragem é a nova adaptação da Disney do clássico livro de Rudyard Kipling mas, diferente da versão de 1967, a atual foi produzida quase que inteiramente com computação gráfica, sendo Neel Sethi o único ator a aparecer na trama.

A HISTÓRIA

Mogli, O Menino Lobo conta a história de um bebê encontrado pela pantera Bagheera (Ben Kingsley), em uma selva localizada na região da Índia, que o leva para ser criado pelos lobos Akela (Giancarlo Esposito) e Raksha (Lupita Nyong’o). Quando o tigre Shere Kahn (Idris Elba) descobre que um filhote de humano vive entre os animais, ele ameaça a alcatéia e a paz na selva caso eles não se livrem do que amanhã pode ser um homem predador. Para evitar confrontos, Bagheera decide que é hora de devolver Mogli para seu povo na aldeia, mas Shere Kahn só descansará quando a vida do menino for tomada. Nessa aventura, Mogli também conhece a serpente Kaa (Scarlett Johansson), o urso Baloo (Bill Murray) e o King Louie (Christopher Walken).

Como no livro de Kipling, cheio de contornos morais entre os vários grupos de animais da selva, há uma disputa latente por poder que enriquece esse universo de ficção, e que acrescenta àquela noção uma violência iminente. Nesse cenário, o frágil Mogli não surge como um macho alpha à la Tarzan, rei dos animais, e sim como um representante do espectador, que se deslumbra como se testemunhasse as coisas da selva pela primeira vez. – Marcelo Hessel

OS PERSONAGENS

Como assisti a versão em inglês, vale destacar o maravilhoso time de atores/dubladores do filmes – que orna (rs) ainda mais quando o personagem tem traços do ator, como nos casos de Baloo e King Louie.

Mas confesso que tenho preconceito com atores brasileiros dublando desenhos/animações #prontofalei. Luciano Huck acabou com qualquer interesse que eu pudesse ter em Enrolados (ô lora!). Mas Mônica Iozzi tá aí pra provar que pode dar certo ao dublar a coelha Hopps em Zootopia. A versão tupiniquim de Mogli, apesar de ter seus momentos Sessão da Tarde, não ficou tão ruim – Alinne Moraes é uma ótima Kaa e Tiago Abravanel faz um bom King Louie, mas a voz de Marcos Palmeira simplesmente não cola em Baloo. Parte do pré-conceito deve ser porque essa estratégia ainda é nova no Brasil e o casting nem sempre acerta. Só o tempo e o coração aberto pra mudar minha opinião, né?

Enfim, voltando ao time original, a galera produziu umas fotos maravilhosas ao lado de seus personagens (só não achei do Baloo, por isso rolou uma montagem semi-profissional, haha):

 

AS MÚSICAS

Como é de praxe nas animações da Disney, a versão de 1967 é bastante musical. Mas Jon Favreau optou por incluir apenas as canções essenciais, para que o filme não perdesse a cadência e pudesse focar nas cenas de ação. Particularmente, achei ótimo. Bare Necessities (Somente o Necessário) é deliciosa e I want to be like you gruda que nem chiclete (mas não achei a versão do filme).

JON FAVREAU

Sempre conheci e admirei o trabalho de Jon Favreau como ator, mas confesso que estava no escuro sobre seu trabalho como produtor e diretor, que inclui títulos como Os Vingadores, Homem de Ferro, Chef, entre muitos outros sucessos. O cuidado, paixão e atenção aos detalhes de Favreau ao dirigir Mogli só poderiam resultar no trabalho meticuloso e surpreendente que o filme é. Não é difícil esquecer que os animais na tela não são de verdade – e quando descobre-se que sequer o cenário era real, bem, é de se admirar. Diante disso, a surpresa também fica com a atuação do pequeno Sethi que, acreditem, acabou de estreiar como ator. Ainda assim, o menino disse que o mais difícil não foi contracenar com a tela  azul, mas sim a maquiagem que teve de usar durante algumas cenas.

CURIOSIDADES

Daí eu estava procurando mais informações sobre o filme e encontrei o vídeo abaixo, com 107 fatos e curiosidades sobre o longa-metragem. Comecei a assistir e quando vi já tinha acabado! Uma pena que está sem legenda, mas para os entendedores de inglês e interessados por um filme bem pensado, recomendo.

Enfim, um filme que vale a pena reservar um lugar na telona para apreciar :)