Allen Ginsberg era um rapaz exemplar, muito inteligente, aspirante a poeta, morava com os pais e cuidava da mãe com problemas psiquiátricos. Após ser aceito na Universidade de Columbia, conhece o jovem Lucien Carr, por sua vez cheio de ideias revolucionárias e vontade de mudar o cenário literário.
Daniel Radcliffe vive Ginsberg nesse período de mudanças, arrastado pelo furacão que é Lucien, interpretado por Dane DeHaan, os dois amigos se perdem no submundo boêmio em busca de uma voz, uma nova ordem que acabaria com os padrões definidos como corretos e ensinados nas universidades. Juntamente com os amigos William Burroughs (Ben Foster) e Jack Kerouac (Jack Huston), os dois protagonistas começam a produzir dentro do que mais tarde seria definido como movimento Beat.
Não havia métrica nem normas o importante era contar através de uma escrita compulsiva e informal a sua visão de mundo, geralmente movidos à álcool e todo tipo de drogas.
Mas uma figura atrapalha os planos dos rapazes, David Kammerer (Michael C. Hall) um homem mais velho que as personagens centrais é o amante obcecado por Lucien. Sua presença é assustadora e toda a trama do filme é construída em torno de seu assassinato.
O papel do poeta exigiu total desapego do nosso já conhecido Harry Potter, cenas de nudez e a constante tensão sexual entre Ginsberg e Carr são marca registrada, no entanto as impecáveis interpretações não salvam o longa. O ritmo tortuoso conduz à uma cena que deveria ser o clímax, mas vai ficar na sua cabeça justamente por ser mal construída.
A impressão que fica é de que eles foram somente um grupo de riquinhos baderneiros que não produziram nada, o que não é verdade dados registros históricos.
De bom, fica a curiosidade de conhecer outras obras.