Assistimos no fim de semana #14
Denise
A Datilógrafa
Título original: Populaire
Meus finais de semana andam temáticos, para compensar as comédias escrachadas da semana passada, hoje vou falar de dois filmes franceses.
Cheia de charme e delicadeza, A Datilógrafa é uma comédia romântica sem clichês. Rose Pamphyle (Déborah François) é uma jovem que sonha em ser secretária, decidida a não levar uma vida de dona de casa, foge de casa e da pequena cidade onde mora. Apesar de não ter muito talento, a garota consegue emprego na empresa de seguros de Louis Échard (Romain Duris).
A agilidade de Rose à máquina de escrever logo chama a atenção de Louis e desperta seu espírito esportivo, o chefe então a convence a entrar em um competição de datilografia. A trama se desenrola enquanto Louis assume o papel de treinador exigente além de chefe da garota, a preocupação em vencer é tanta que ele a convida para morar em sua casa.
Amei assistir, é tudo muito gracinha, a protagonista é apaixonante. Um detalhe que além de uma lindeza ajuda a construir a personagem é a parede de seu quarto transformada em mural de inspirações, incluindo a foto da eterna musa fashion Audrey Hepburn. Figurino e trilha sonora são um show à parte, enchem nossos olhos e ouvidos enquanto nos deliciamos com essa doce história de amor.
A Espuma dos Dias
Título original: L’Ecume des jours
Adaptação do romance de mesmo nome de Boris Vian, o filme conta a história de Colin (Romain Duris de novo!), um homem ser rico o suficiente para não precisar trabalhar(embora não fique claro a fonte de seu dinheiro), e que um dia conhece Chloé (Audrey Tautou <3) em uma festa, rapidamente se apaixona e se casa com ela. Porém, já na lua de mel, a moça desenvolve uma rara doença: uma flor de lótus cresce em seu pulmão direito e para matá-la é preciso que Chloé se cerque o tempo todo de flores frescas.
O diretor Michel Gondry é o mesmo de Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças e Sonhando Acordado, o que gerou grande expectativa em seu novo projeto, principalmente pela direção de arte. As invencionices usadas no início para apresentar os personagens acabam ficando cansativas ao longo da história, muitas vezes sem carga dramática, ocupando lugar do poderiam ser diálogos mais elaborados. Eu entendo que quase tudo é metáfora, como a casa que fica menor, mais escura e suja ao passo em que Chloé adoece, mas outras cenas chocam sem razão de ser.
Eu realmente gostaria de elogiar, mas a narrativa cheia de buracos não me permite, acredito se tivessem focado menos na fantasia e mais na relação do casal, este poderia ter sido um filme histórico.
3 comentários sobre “Assistimos no fim de semana #14”
Os comentários estão fechados.