desilusão
Enquanto o barulho do salto dos sapatos ritimavam os passos na calçada e a chuva caía melodiosamente sobre o guarda-chuva, ela não conseguia parar de pensar que a verdade é que ela tem estado triste. Tão triste que ela choraria por nada, embora nada tenha conseguido fazê-la chorar.
Ela veste as fantasias. A calça preta, social, do tipo que não é a primeira opção no guarda-roupa. O cabelo preso comportadamente numa presilha. Ela chego à porta e, com a coragem que consegue juntar, veste um sorriso e bate. A mente dela, no momento? Tá de pijama, embolada na cama sem vontade de sair, com quilos de chocolate e toneladas de frases não ditas. De menina, ela só tem a cara. E não é por muito tempo. Tempo. “O problema de começar cedo, é se desiludir com a profissão”. Desilusão? Desilusão. Danço eu, dança você, na dança da solidão.
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