Universo Desconstruído
É difícil aceitar isso, mas tem gente que não gosta de ler. Não gosta e ponto. Do mesmo jeito que eu não gosto de jiló. Essas pessoas costumam achar que é desperdício de tempo, que dá sono, que é caro, chato e tantas outras desculpas. Na minha opinião elas ainda não encontraram o livro certo. E o que a gente faz? Chora no cantinho, mas aceita o coleguinha e segue feliz com nossa pilha de livros.
Agora, uma coisa que é mais difícil aceitar é que ainda exista machismo nesse mundão. Nem vamos falar de mundo, que é pra não piorar a situação, vamos falar só do Brasil. Nossa sociedade linda, receptiva, alegre, com samba no pé e machista, dos piores tipos, um machismo disfarçado, escondido debaixo do tapete, e quando ele aparece, se não estamos atentos acaba passando despercebido.
Só que nós estamos de olho ;)
Felizmente a o assunto Feminismo tem aparecido todo dia na minha timeline, e cada vez mais as pessoas têm discutido com naturalidade e pacificamente.
Nós precisamos conquistar espaço em todas as áreas, não para provar para alguém que somos capazes, afinal já sabemos disso há séculos, e sim para evitar aquela perguntinha cretina “Uma mulher nessa área?”.
Para desbravar uma das áreas ainda dominadas por homens nasceu o Universo Desconstruído, uma coletânea que reúne incríveis contos de ficção científica feministas. Organizada por Aline Valek e Lady Sybylla o projeto propõe uma ficção científica que não seja machista, homofóbica e racista.
Salvo algumas exceções, o gênero ainda é cheio de estereótipos, onde o protagonista é sempre um homem destinado a salvar o futuro, e as minorias acabam como seus auxiliares.
Ainda não li todo o trabalho, apenas os dois primeiros contos e não vejo a hora de ter um espacinho na minha lista pra terminá-lo. Me arrisco a dizer que o segundo conto Quem sabe um dia, no futuro, de Alex Luna é uma das melhores coisas que já li na vida.
O livro está disponível para download gratuito pelo site: http://universodesconstruido.com/
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