De Millenial a nem venham

Recentemente ouvi em uma reunião de trabalho: você tem muita pressa, mas essa é uma característica sua, não vou discutir.

Talvez essa pessoa não saiba que eu nasci em um mundo meio a meio: meio fita cassete, meio iPod; meio carta com selo, meio e-mail urgente; meio conversas até tarde com os amigos, meio internet. Talvez essa pessoa não saiba que a diferença de idade entre gerações caiu de 25 anos (que separam meus pais de mim) para 10 anos, idade que eu tinha quando meus irmãos nasceram.

Se eu ainda estou descobrindo quem sou e qual meu lugar no mundo, como pessoa e como profissional, e já tem duas gerações no meu calcanhar prontas para me alcançar… como não ter pressa?

A Heinz pediu a ajuda da Pong Dinasty e The Kumite para produzir o documentário abaixo e mostrar o enorme potencial que a geração Alpha (oh, yeah, that’s right) tem. Se tem uma coisa que o vídeo deixa claro é que o mundo precisa abrir espaço para um grupo que quebra paradigmas e pensa fora da caixinha construída com tanto cuidado.

Mas deixemos os bebês serem inocentemente felizes e falemos sobre nós. Como pessoas que cresceram meio a meio, ao mesmo tempo que fomos preparados para estudar muito e alcançar sucesso e estabilidade rapidamente, nós também fomos bombardeados com mensagens como a do vídeo abaixo: o que você está fazendo nesse momento? É alguma coisa que você realmente ama? Provavelmente não. Assim como nós estamos um pouco perdidos (não vale considerar o que está no muro das exaltações Facebook), os chefes e gestores das companhias também estão.

Eles não sabem o que fazer com a geração Y. Eles atraem os jovens para suas empresas acreditando que a inovação os colocará um passo à frente. Mas a verdade é que a inovação é um risco que quase ninguém está disposto a tomar. Pelo menos não agora. O que acontece então?

Os millenials mais corajosos começam a construir, pedra a pedra, seu próprio caminho – não é a toa que mais de 54% já trabalha ou está criando seu próprio negócio – enquanto outros ficam estagnados, tentando achar um rumo.

Esse não é um texto que vai mudar sua vida ou fazer você tomar uma atitude. É um desabafo, uma reflexão, um Oi, quer conversar?. E você fica à vontade pra vir falar com a gente sobre o assunto.