Azul

Azul.

 Já ouvi muitos dizendo que é a cor da tristeza. Também já li que Blue – palavra tão pequena e tão cheia de significados – deu nome ao gênero Blues, mostrando os problemas e infelicidades daqueles que começaram o movimento, os ex-escravos, que conquistaram a liberdade, mas não a felicidade.

 Azul.

 Já ouvi tantos outros dizendo que é tranquilidade, que ajuda a descansar e acalmar. Como se a tristeza se alguma forma pudesse ser também tranquilidade. Ainda assim, é sempre uma sugestão para paredes de quantos que habitam insones, ou até mesmo para os que não o são.

Azul tranquilo, na verdade é a cor do meu quarto, mesmo que eu nunca tenha precisado do incentivo das cores para viajar com os sonhos.

 Azul.

 Dizem o que dizem. Você e eu – ou talvez apenas eu – sabemos que azul será sempre sua cor. Seu reflexo espelhado em meus olhos, em meus pensamentos. Sua cor refletindo meu vestido sempre azul.

 Azul.

 Dizem o que dizem. Será sempre a minha cor. Daquele vestido que usei quando te conheci, e repeti quando ouvi sua declaração, quando conheci a verdadeira e mais intensa felicidade que poderia conhecer.

 Azul.

 Não importa o que dizem. Deixe que digam, mas azul para mim será sempre a nossa cor. Completa e apenas nossa.