Assistimos no fim de semana #23

Amanda

Aqui é o meu lugar

Título Original: This must be the place

Cheyenne (Sean Penn) é uma estrela do rock que fez muito sucesso nos anos 80 e vive há alguns anos com sua esposa Jane (Frances McDormand) numa mansão em Dublin, Irlanda. Com cabelos pretos e rebeldes, lápis e sombra nos olhos e batom vermelho nos lábios, o cantor leva uma vida reclusa, saindo de casa apenas para encontrar sua amiga Mary (filha do Bono Eve Hewson).

Tudo muda quando um telefonema lhe diz que seu pai, com quem ele não falava há 30 anos, faleceu. Após uma viagem de navio (por causa do medo de avião) até Nova Iorque para o funeral, Chey descobre que seu pai, um judeu sobrevivente de Auschwitz, passou a vida à procura de seu torturador, objetivo que o filho toma para si. A partir daí, acompanhamos o personagem em sua busca, passando por cidades e situações inusitadas.

Esse é o primeiro filme em inglês de Paolo Sorrentino, diretor que eu nunca tinha ouvido falar italiano e talentoso. Sean Penn está extraordinário e nos ganha nos primeiros minutos, deixando a história leve e divertida. Aclamado pela crítica – o The Guardian tem uma ótima resenha (em inglês) –  o longa está repleto de referências musicais, com a participação especial de David Byrne (interpretando ele mesmo) cantando This Must Be The Place, nome que dá título ao filme numa apresentação sensacional que você pode ver clicando aqui – a música é repetida em outro trecho fofíssimo. Confesso que achei o final confuso e fui direto pesquisar para ver se tinha entendido corretamente – sem resultado. Então fica o convite pra você assistir também e voltar aqui pra me contar o que achou!

 

Denise

A menina que roubava livros

Título Original: The Book Thief

Vou pular a sinopse do filme, se você ainda não conhece tem um resuminho nesse link.

No geral o filme é muito fiel ao livro, não consigo me lembrar de nenhum acontecimento significativo que tenha ficado de fora, a princípio torci o nariz para a escolha dos atores, mas bastou entrarem em cena para que os visse refletidos como na minha memória. Sophie Nélisse, Geoffrey Rush e Emily Watson estão perfeitos nos papéis de Liesel, Hans e Rosa. Nico Liersch interpreta muito bem o garoto Rudy, somente a cena final que deveria ser emocionante, acabou ficando cômica devido à inexperiência do jovem ator. Gostaria que a relação entre Liesel e Max (Ben Schnetzer) tivesse sido melhor explorada, fica um pouco sem sentido a proximidade dos dois, mesmo que em determinado momento seja dito que o judeu ficou dois anos escondido no porão dos Hubermann.

A narração da Morte aparece em poucos trechos, não está tão presente quanto no livro e me decepcionei por ser uma voz masculina, isso é um problema da tradução, mas como em português é um substantivo feminino esperava a voz doce de uma mulher narrando, como é possível imaginar durante a leitura.

Emociona quem já leu o best-seller, achei um bom filme, uma boa adaptação.